Para participar de forma mais ativa da construção do futuro, a MAPFRE recorreu ao Reservas Votorantim. Assim nasceu o “Floresta MAPFRE”, projeto de compensação de carbono que consiste na restauração de 29 hectares de áreas desmatadas da Mata Atlântica
Uma manhã cinza e trivialmente barulhenta, típica do frenesi de uma megalópole como São Paulo. Em algumas horas, o cenário era outro. Ainda cinza, por conta do outono, mas silencioso. O único ruído era o do vento na copa das árvores, dos galhos e das folhas e, por vezes, o trepidar do veículo na estrada de terra, em seus mais de 16 quilômetros.
A mudança visual e sonora indicava que estávamos próximos ao Legado das Águas, que é mantido pela Reservas Votorantim, no Vale do Ribeira, em Miracatu (SP). Nós, da Revista Cobertura, acompanhamos os executivos da MAPFRE e seus parceiros para uma visita. Aliás, mais do que isso, testemunharmos uma iniciativa para a reconstrução do futuro.
Há, por trás de algumas iniciativas, algo especial. Projetos nascem pequeninos, do tamanho de um grão de areia e até de uma semente, e se tornam grandiosos pelo seu propósito. É o caso do Projeto Floresta MAPFRE, que nasce de uma série de sementes coletadas na floresta, que se transformam em raízes que um dia se tornarão árvores adultas e gigantes e darão continuidade à floresta.

O projeto é fruto do compromisso do Grupo MAPFRE de anular as emissões de carbono até 2030, um compromisso global da seguradora que possui uma área de sustentabilidade consolidada com uma série de iniciativas socioambientais.
“Temos como objetivo crescer de forma sustentável. É um crescimento disciplinado, ano a ano, de forma rentável para retribuir aos acionistas. Mas entendemos que não é contraditório o crescimento sustentável com as ações socioambientais. Este é mais um projeto nobre que se abriga embaixo do guarda-chuva de iniciativas que nós temos”, descreve o CEO da MAPFRE no Brasil, Felipe Nascimento.
A iniciativa da companhia consiste em plantar 42 mil mudas dentro de 29 hectares no Parque Estadual Carlos Botelho, uma área equivalente a 30 estádios de futebol. “Isso corresponderá a anular cinco toneladas de carbono em 2028”, destaca Nascimento. “No Brasil, nós demos um passo rápido, no sentido de compensar as emissões e anulamos as emissões de carbono antes do prazo estabelecido”, acrescenta.
Já há muitos anos a MAPFRE possui ações para a questão da sustentabilidade. “Temos uma estratégia de sustentabilidade muito bem definida com metas e indicadores claros e assertivos para a questão ambiental, social, de governança e transversal ao negócio. No ambiental, temos a neutralidade do carbono e também a redução da pegada de carbono como objetivos centrais em nível global. No meio desses dois objetivos, traçamos a nossa rota. O Floresta é um projeto material que, no médio e longo prazo, iremos neutralizar a nossa pegada lá na frente”, reforça Fátima Lima, diretora de Sustentabilidade da MAPFRE.
Iniciativa pioneira
Segundo Cícero Homem de Melo Junior, engenheiro florestal e coordenador da área de Negócios do Reservas Votorantim, a MAPFRE é a primeira companhia do mercado de seguros a ter essa iniciativa de forma totalmente voluntária.
“O investimento deles, de forma voluntária, é maior do que a compra de crédito de carbono, que nós das Reservas Votorantim também vendemos. Além das questões de carbono, o projeto também tem todo um apelo socioambiental”, diz Junior.
As mudanças climáticas afetam toda a sociedade e o mercado de seguros diretamente. “Temos visto enchentes, seca e incêndios com mais frequência e, no momento em que se busca cobertura securitária para isso, temos um agravamento do risco. Se pudermos evitar que esses incidentes aconteçam com maior frequência ou severidade, melhor para todo o grupo de pessoas que estão asseguradas”, pontua o CEO da MAPFRE.
“A floresta é na Mata Atlântica, que é um hotspot para o enfrentamento das mudanças climáticas por conta da captura de carbono, biodiversidade e disponibilidade de áreas para restauração. A Mata Atlântica é um bioma com as melhores condições para se enfrentar as mudanças climáticas”, ressalta o responsável pela Reservas Votorantim, ao lembrar que 70% da população brasileira vive na região de Mata Atlântica e dois terços do PIB do País é gerado dentro dos limites do bioma.
Com o projeto Floresta, a MAPFRE demonstra que não está somente preocupada com o enfrentamento das mudanças climáticas, mas sim com a continuidade da vida, seja ela nas mais diversas formas da natureza, da fauna e da flora, e da própria vida humana.
O dia começou cinza. Durante o ato de apresentação do projeto, o sol reluziu e o canto dos pássaros ecoou. A natureza sabe ser grata. Assim germina o Floresta MAPFRE, um projeto para a vida. Quanto à MAPFRE, novidades em termos de estudos e produtos estão a caminho até a COP 30, que será realizada em Belém (PA), em novembro deste ano.
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