🚗 Destaques do Relatório EMIS Next – Setor Automotivo Brasil:
🔍 Aumento da taxa de juros impacta projeções de vendas para o próximo ano. 📉 Vendas financiadas devem cair de 70% para 45% com cenário monetário mais restritivo. 🏭 Produção cresce 9,7% em 2024, com destaque para veículos leves e caminhões. 🌎 Déficit comercial se aprofunda com alta nas importações e presença de novos players asiáticos. 📊 Fiat, GM e Volkswagen seguem líderes de produção no país, com respostas distintas às condições do mercado.
❓O setor automotivo brasileiro está em trajetória de crescimento sustentável?
Resposta EMIS Insights:
O setor automotivo no Brasil apresenta crescimento técnico impulsionado por produção e exportações, mas enfrenta desafios relevantes à sustentabilidade de longo prazo. A recente elevação da taxa Selic, decidida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), levou a Anfavea a revisar para baixo a projeção de vendas para 2025 — de 3 milhões para 2,8 milhões de unidades — e reduziu a expectativa de financiamento nas vendas, o que pode afetar o consumo.
Do ponto de vista da Inteligência de Mercado, a pressão cambial e o aumento dos custos logísticos representam desafios estruturais, especialmente em um cenário de acirramento competitivo com novas montadoras asiáticas. No entanto, o crescimento de 6,8% na produção previsto para 2025, estimulado por novos investimentos, mostra que há espaço para expansão mesmo em um ambiente mais restritivo. A manutenção dos planos de investimento pelas principais montadoras indica uma visão estratégica de longo prazo para o país, mesmo com a necessidade de ajustes no curto prazo.
📌 Considerações EMIS Insights:
- 📈 Crescimento técnico com viés de cautela: produção e exportações mantêm ritmo, mas com atenção ao crédito e custos.
- 🔄 Competição global: novas montadoras ampliam a variedade e pressionam margens das marcas tradicionais.
- ⚖️ Sustentação da balança comercial depende da resposta às importações e diversificação de mercados.
📰 Resumo EMIS – Relatório do Setor Automotivo Brasil
- Perspectivas do setor:
A recente elevação da taxa Selic pelo Banco Central levou a uma revisão nas projeções da Anfavea, que reduziu sua estimativa de crescimento nas vendas de 13% para 5,6% em 2025. O financiamento, que tradicionalmente representa até 70% das vendas de veículos, pode cair para 45% com o cenário atual. A desvalorização do real adiciona pressão sobre o custo de importação de veículos e componentes. Embora as montadoras não tenham revisto seus planos de investimento, há um movimento de prudência frente ao cenário doméstico.
- Produção:
A produção total de veículos alcançou 2,55 milhões de unidades em 2024, um crescimento de 9,7% em relação ao ano anterior. Veículos leves representam a maior parte do volume, com crescimento de 15,2% a/a. O segmento de caminhões também se destacou com crescimento de 40,5% na comparação anual. As marcas Fiat, GM e Volkswagen seguem líderes, com dinâmicas distintas: crescimento da Fiat, estabilidade da VW e recuo da GM.
- Vendas:
O mercado de veículos novos vendeu 1,95 milhão de unidades em 2024 (+13,2% a/a), ainda abaixo do pico de 2,84 milhões de unidades em 2012. Em contrapartida, o mercado de usados continua aquecido, com quase 10 milhões de veículos vendidos em 2024, refletindo mudanças no comportamento do consumidor e no acesso ao crédito.
- Comércio Externo:
O déficit comercial do setor segue em expansão, com crescimento médio anual das importações (CAGR 9,7%) superior ao das exportações (CAGR 5,2%) entre 2019 e 2024. O resultado negativo de US$ 11,2 bilhões reflete o aumento das importações de veículos e peças, especialmente da Ásia, o que gera desafios à competitividade local.