Educação financeira desde cedo: como o seguro pode ensinar planejamento às novas gerações

Iniciativas que envolvem crianças e adolescentes em temas como prevenção e responsabilidade financeira ganham força com apoio do setor de seguros

Em um cenário marcado pela crescente preocupação com a saúde financeira das famílias brasileiras, cresce também o debate sobre a importância de ensinar educação financeira desde cedo. Além das tradicionais lições sobre poupança e consumo consciente, especialistas têm defendido o uso de ferramentas como o seguro para transmitir valores fundamentais às novas gerações, como responsabilidade, organização e prevenção.

Segundo a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), o setor de seguros movimentou mais de R$ 388 bilhões em prêmios em 2023, um aumento de 11,2% em relação ao ano anterior. O crescimento não reflete apenas maior adesão dos adultos, mas também um olhar voltado às futuras gerações, por meio de produtos voltados a crianças e adolescentes, como seguros educacionais, de vida familiar e até de acidentes pessoais para jovens.

Para muitos educadores, o seguro pode ser um recurso pedagógico poderoso. Ao compreenderem a lógica da proteção — pagar um valor fixo agora para evitar prejuízos maiores no futuro — crianças e adolescentes passam a assimilar noções de planejamento e responsabilidade, que são a base da educação financeira.

“A educação financeira vai além de saber economizar ou investir. Envolve ensinar a tomar decisões responsáveis sobre riscos e prioridades. O seguro, nesse sentido, é uma ferramenta concreta que ajuda a mostrar que não estamos no controle de tudo, mas podemos nos preparar”, explica Priscila Rocha, especialista em planejamento financeiro personalizado e proteção patrimonial.

Ainda de acordo com dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), em maio de 2024, 78,5% das famílias brasileiras relataram algum nível de endividamento. Diante desse contexto, preparar as crianças para lidar com dinheiro de forma consciente se torna uma medida preventiva para o futuro.

Algumas escolas e instituições já começam a incorporar esse tipo de abordagem. Em oficinas de educação financeira promovidas por seguradoras e ONGs, crianças simulam situações do cotidiano, como proteger um brinquedo “valioso” ou ajudar os pais a organizar um orçamento usando conceitos básicos de seguro. A linguagem lúdica e interativa facilita a compreensão e aproxima os jovens do tema.

Além disso, programas de previdência privada para menores de idade também têm sido utilizados como oportunidade para pais conversarem com os filhos sobre o futuro, mostrando na prática a importância de pensar a longo prazo.

Priscila Rocha reforça que essa conversa deve começar em casa: “Quando os pais contratam um seguro e explicam o motivo, estão abrindo espaço para o diálogo sobre escolhas, responsabilidades e consequências. Isso vale mais que qualquer aula teórica.”

A tendência é que, com o avanço da digitalização e da personalização de produtos financeiros, as seguradoras ofereçam cada vez mais soluções voltadas à educação de jovens consumidores. Uma aposta que, além de formar adultos mais preparados, pode também contribuir para uma sociedade mais estável financeiramente.

Revista Cobertura desde 1991 levando informação aos profissionais do mercado de seguros.

Anuncie

Entre em contato e descubra as opções de anúncios que a Revista Cobertura pode te oferecer.

Eventos

Próximos Eventos

Mais lidas da semana

Mais lidas