Famílias deixam de resgatar até R$ 50 mil em benefícios

Falta de orientação leva ao esquecimento de direitos como seguros, previdência privada, saldos de FGTS e até milhas aéreas

Um levantamento da Planeje Bem, plataforma especializada em planejamento sucessório e apoio pós-perda, indica que famílias brasileiras frequentemente deixam de acessar benefícios que podem somar entre R$ 10 mil e R$ 50 mil após o falecimento de um ente querido. A análise, realizada a partir de mais de 100 contas atendidas pela empresa, aponta que o desconhecimento sobre direitos financeiros e sociais — os chamados “ativos invisíveis” — é a principal causa desse prejuízo.

previdência privadaEntre os ativos mais negligenciados estão seguros de vida (individuais ou coletivos), planos de previdência privada (PGBL e VGBL), pensão por morte, saldos de FGTS e PIS/PASEP, indenizações trabalhistas, carteiras virtuais, milhas aéreas e auxílios vinculados a cartões de crédito ou contas bancárias. Em boa parte dos casos, esses recursos podem ser acessados diretamente, sem necessidade de inventário. No entanto, exigem prazos legais de solicitação e documentação específica — o que nem sempre é de conhecimento da família.

“É comum que as pessoas imaginem que todos os bens e direitos passem obrigatoriamente pelo inventário, mas há diversos ativos que podem ser resgatados de maneira simples, desde que se saiba onde e como procurar”, explica Carolina Aparicio, co-CEO da Planeje Bem.

Os valores esquecidos não se limitam a benefícios evidentes. Apólices de seguro de vida corporativo, por exemplo, muitas vezes oferecem coberturas entre R$ 20 mil e R$ 50 mil, mas os beneficiários desconhecem sua existência. Previdências privadas podem acumular valores expressivos, ainda que modestos, entre R$ 5 mil e R$ 20 mil, e frequentemente não contam com beneficiários indicados. Já os saldos de FGTS e PIS/PASEP, que variam de R$ 3 mil a R$ 10 mil, requerem solicitação ativa, processo que muitas famílias não iniciam por pura falta de informação.

Há ainda benefícios menos divulgados, como os auxílios-funeral oferecidos por bancos e operadoras de cartão, geralmente entre R$ 2 mil e R$ 5 mil, incluídos em pacotes de serviços que nem sempre são compreendidos pelos titulares. Milhas acumuladas também entram nessa conta: quando não transferidas a tempo, podem representar perda de até R$ 4 mil em passagens. Direitos trabalhistas, como férias vencidas, 13º proporcional e bônus não pagos, também contribuem para esse total não resgatado.

“Muitos desses valores acabam esquecidos porque não há uma orientação clara no momento do luto, que já é delicado por si só. Já acompanhamos casos em que a simples solicitação de reembolso de transporte funerário gerou economia superior a 80% nos custos da família”, complementa Carolina.

Entre os erros mais comuns estão a falta de pedido de pensão por morte junto ao INSS, a não verificação de seguros contratados e a ausência de checagem de vínculos empregatícios e bancários que possam oferecer coberturas adicionais. Para lidar com esse cenário, a Planeje Bem oferece suporte completo: checklists personalizados, orientação documental e instruções práticas para contato com as instituições responsáveis. A proposta é tornar o processo mais claro e menos desgastante para os familiares.

Além do atendimento pós-perda, a plataforma também atua com foco na prevenção, incentivando a organização de documentos, o planejamento sucessório e a elaboração de testamento vital. “Tratar desses temas em vida é um gesto de cuidado. É uma forma de garantir que os direitos serão acessados e que os familiares não enfrentarão mais obstáculos do que o necessário”, afirma Ana Luiza Affonso, co-CEO da Planeje Bem.

Fonte:  Renata Nalim

Revista Cobertura desde 1991 levando informação aos profissionais do mercado de seguros.

Anuncie

Entre em contato e descubra as opções de anúncios que a Revista Cobertura pode te oferecer.

Eventos

Próximos Eventos

Mais lidas da semana

Mais lidas