As 40 assessorias associadas à Aconseg-SP produziram o volume de R$ 3,8 bilhões em prêmios em 2024, um crescimento de 14% quando comparado ao ano de 2023

De 2016 a 2024, a Aconseg-SP cresceu mais de 257% em receita de prêmios, segundo o 9º Relatório Aconseg-SP. No mesmo período, o mercado de seguros de São Paulo cresceu 106% e a inflação 58%. “É um número maravilhoso, uma evolução muito grande da nossa associação. Em nove anos, agregamos novas assessorias e novos corretores”, ressaltou Ricardo Montenegro, presidente da Aconseg-SP, durante café da manhã no Hotel Slaviero Downtown (SP), realizado no início de abril, que contou com a presença de representantes de 25 companhias parceiras.
Francisco Galiza, economista e autor do estudo, lembrou que, em 2016, as assessorias somavam 386 colaboradores e, em 2024, o número está acima de 700. “Embora seja um relatório de caráter econômico, é sempre importante destacar o aspecto social”, apontou o economista.
As 40 assessorias associadas à Aconseg-SP produziram o volume de R$ 3,8 bilhões em prêmios em 2024, um crescimento de 14% quando comparado ao ano de 2023.
A distribuição dos prêmios está dividida entre 52% Automóvel, 36% Saúde, 8% Ramos Elementares, 2% Seguros de Pessoas e 2% a outros ramos.

O ano de 2024 foi o primeiro da gestão liderada por Ricardo Montenegro à frente da Aconseg-SP. Na visão do presidente, o ano foi repleto de desafios e conquistas. “Foi o ano em que fizemos o primeiro de uma série de eventos que desejamos promover para apoiar o corretor a atuar em outros ramos”, disse, ao referir-se ao “Aconseg-SP convida: O corretor no seguro de vida”.
Com o resultado obtido em 2024, a expectativa das assessorias para 2025 é chegar aos R$ 4,3 bilhões de receita de prêmios.
Sobre os desafios para este ano, Galiza destacou que, neste momento, há duas variáveis a serem observadas. “A primeira é o crescimento da economia e do PIB. O PIB continua com projeção de 2% de crescimento para este ano. É uma variável relevante. Se der 2%, o mercado de seguros conseguirá atingir 10% de crescimento e a Aconseg-SP crescerá até 12%. O outro fator são os juros/inflação”.
O presidente da Aconseg-SP lembrou que segue o desafio de disponibilizar seguros mais simplificados e baratos. “Em 2025, vamos ter a oportunidade de medir se realmente quem está entrando no mercado vai conseguir trazer o cliente para dentro de casa”.
Auto e Saúde
De forma geral, o Automóvel é o carro-chefe das assessorias. Ao avaliar a participação da Aconseg-SP nos prêmios de seguro Auto do Estado de São Paulo, o montante correspondeu a 8,3% do valor de todo o Estado de São Paulo, contra 5,8% em 2019. “Um ganho expressivo de aumento de participação. Isso mostra que a queda relativa da carteira de Auto nas filiadas da Aconseg-SP nos últimos anos foi menor do que o valor registrado no mercado total do Estado de São Paulo”, pontuou Galiza.
Com o resultado obtido em 2024, a expectativa das assessorias é de chegar aos R$ 4,3 bilhões de receita de prêmios em 2025.
O estudo contabiliza que, atualmente, as companhias trabalhem com um exército de 22 mil corretores de seguros em todo o Estado de São Paulo. Desde 2016, o Relatório registra o aumento no número de corretores cadastrados e atendidos pelas assessorias.
Galiza ressaltou que a entrada de novas empresas no mercado, denominadas como proteção patrimonial mutualista, por meio da Lei Complementar nº 213/2025 traz reflexões.
“A entrada de novos players é positiva e irreversível, mas precisamos ficar atentos. Hoje, o mercado de seguros tem alto nível de solvência e estabilidade e não vemos nenhuma empresa com problemas atualmente. O meu receio é que, com a entrada de novas empresas, haja um aumento de insolvência”.
O economista lembrou que a dúvida é pertinente porque já vimos ocorrências no passado.
“Se você estuda o mercado de seguros nas décadas de 1960 a 1980, vê-se casos de insolvência”.
Galiza ainda espera que a fiscalização sobre a atuação das novas empresas continue rigorosa. Caso contrário, pode macular a boa imagem que o mercado de seguros tem atualmente. “Isso foi comprovado com a situação no Rio Grande do Sul. Foi uma atuação excepcional. Não houve uma crítica sequer falando de atraso de pagamento das seguradoras”.
Na visão de Montenegro, não haverá rouba-monte. “As novas empresas entram para explorar outro tipo de público, que o mercado hoje ainda não atende. Atualmente nós temos seguradoras que já estão há algum tempo explorando, com muito sucesso, outras camadas de negócios. Acredito que as novas entrantes não vão disputar com as companhias já centenárias no mercado”.
Sobre o mercado de saúde, Galiza lembrou que o ramo é importante nas assessorias da Aconseg-SP e tem mantido a proporção. “O mercado está em recuperação nos últimos dois anos. Houve um reajuste de preços elevado e as seguradoras não têm direito a reclamar. O reajuste de preços agora tende a ser equacionado, acompanhando a inflação. É um ramo muito importante da Aconseg-SP”, disse o economista.
O bate-papo entre Francisco Galiza e Ricardo Montenegro contou com a mediação da editora da Revista Cobertura e uma das responsáveis pela Revista da Aconseg-SP, Carol Rodrigues.
Acesse o 9º Relatório Aconseg-SP: https://cobertura.megapost.com.br/revistas/9relatorioaconsegsp/
Conteúdo da edição de abril (274) da Revista Cobertura